CARTA Nº 15

Fevereiro de 1912

O PAPEL DOS ESTIMULANTES NA EVOLUÇÃO

 

Nossa última lição encerrou a série que tratava do sacramento da Comunhão e da descrição de como o espírito do álcool - fermentado fora do sistema - está sendo suplantado pelo açúcar que fermenta dentro. Espero que tenham lido a seqüência dos argumentos durante estas lições: que era indispensável um estimulante para despertar o espírito humano da letargia que se segue à refeição de carne; que as bacanais dos templos antigos, que hoje em dia nos enchem de horror, eram naquele tempo de um imenso valor para o desenvolvimento humano; que o primeiro milagre de Cristo confirmou a antiga dispensação e, na Última Ceia uma nova dispensação foi dada por Ele até a Sua volta; que, à medida que aumenta o consumo de açúcar, diminui o do álcool, conseqüentemente, o grau de moralidade vai-se elevando gradualmente; que as pessoas se tornam mais altruístas e semelhantes a Cristo na proporção do não uso do estimulante, e que o movimento de temperança é um dos fatores mais poderosos para apressar a vinda de Cristo.

Mas, à medida que desenvolvemos sentimentos mais suaves e delicados, estremecemos de horror ao pensar na alimentação carnívora. Algum dia será considerado mórbido a utilização do estômago como receptáculo dos corpos dos animais mortos, como hoje é considerado mórbido ingerir exageradamente bebidas fortes. Como estudantes dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, não devemos julgar, mas reconhecer o fato que muitas pessoas ainda consomem estes alimentos. O assunto está sendo ajustado pelos guias invisíveis da evolução, de uma maneira ainda não evidente para os observadores superficiais, mas bem perceptível aos investigadores mais profundos.

É evidente que o progresso da evolução está elevando os reinos inferiores e também a humanidade. Os animais, particularmente as espécies domesticadas, aproximam-se da individualização, e sua retirada da manifestação já começou. Como resultado, com o tempo, será impossível obter carne para alimentação. Então, soará o dobre de sinos para o "Rei Álcool", pois só os comedores de carne anseiam por bebidas alcoólicas.

Enquanto isso, a vida das plantas vai crescendo mais sensível. Os galhos laterais das árvores produzem mais abundantemente que os ramos verticais, porque nas plantas, como em nós, a consciência é o resultado das atividades antagônicas das correntes de desejos e vitais. Os galhos laterais são percorridos em todo o seu comprimento pelas correntes de desejos que circundam o nosso planeta e que atuam tão fortemente na espinha dorsal horizontal dos animais. As correntes de desejos ativam a vida dormente das plantas nos falhos laterais para um grau mais elevado de consciência do que o dos ramos verticais, que se acham cruzados longitudinalmente pelas correntes vitais que irradiam do centro da terra. Com o tempo, as plantas também serão mais sensitivas para poderem servir de alimento, portanto, outras fontes deverão ser procuradas.

Hoje em dia temos grande capacidade para trabalhar com as substâncias químicas e minerais; convertemo-las em casas, embarcações e outra série de coisas que evidenciam a nossa civilização. Somos donos dos minerais, que estão fora do nosso corpo, mas impotentes para assimila-los e usa-los internamente no nosso sistema para a construção de nossos órgãos. Nosso trabalho com os minerais do mundo externo está elevando suas vibrações e pavimentando o caminho para seu uso interno direto. Por meio da alquimia espiritual construiremos o templo do espírito, conquistaremos o pó do qual viemos e seremos qualificados como verdadeiros Mestres Maçons para trabalhar nas esferas superiores.

 

    

 

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