HOMOSSEXUALIDADE

Pergunta:  Com relação à homossexualidade, eu entendo que nós renascemos duas vezes durante cada fase do Zodíaco de aproximadamente 2.000 anos, uma em corpo feminino e outra em corpo masculino,  para ter uma ampla experiência em cada tipo de corpo. Ocasionalmente, podemos nascer duas vezes como mulher e, então, na próxima vez, nós podemos ser um homem afeminado e vice-versa. Isso tem relação com o fato de certas pessoas serem atraídas a outras do mesmo sexo? Qual é a razão esotérica que está por trás dessas práticas e relacionamentos homossexuais e o que estas pessoas estão fazendo com o crescimento e com a evolução de suas almas?

 

Resposta:  Max Heindel, o fundador da Fraternidade Rosacruz e autor de muitos livros sobre os Ensinamentos Rosacruzes, não fez nenhuma referência explícita ao homossexualismo. Podemos, no entanto, conjeturar sobre suas visões com relação a esta prática, citando sua resposta à pergunta “O que significa pecar contra o Espírito Santo?” Lembramos que o Espírito Santo é o poder criador de Deus e “um raio daquele atributo de Deus... é usado pelos homens para a perpetuação da raça. Quando há abuso, isto é, se é usado para a gratificação dos sentidos, como vício solitário ou associado, com ou sem casamento legal, ele é pecado contra o Espírito Santo. A humanidade como um todo está sofrendo por causa deste pecado. Os corpos debilitados e a doença que vemos em torno de nós têm sido causados por séculos de abuso e, enquanto não aprendermos a vencer nossas paixões, não haverá verdadeira saúde entre a raça humana. (Filosofia Rosacruz em Perguntas e Respostas – Vol. 1 – pág. 219)

Como a atividade homossexual envolve membros do mesmo sexo, é, por definição, improdutiva e estéril; existe só para gratificar os desejos dos participantes. O mesmo, naturalmente, pode ser dito da atividade heterossexual que deliberadamente evita a fertilização e é empregada somente para desejos egoístas.

A afirmativa do interlocutor de que várias vidas consecutivas de mesma natureza (masculina ou feminina) ocasionam a predominância daqueles traços, quando o Ego renasce no sexo oposto, não necessariamente acontece. As lições e atitudes aprendidas durante uma ou várias vidas recentes são integradas na totalidade da experiência que o Ego ganha enquanto habita todos os seus corpos terrenos, produzindo um efeito equilibrado total.

A pessoa que nos escreveu sugere que um homem afeminado ou uma mulher masculinizada identifica a pessoa homossexual. Este não é o caso, já que, proporcionalmente, tanto pessoas heterossexuais como as homossexuais mostram estas qualidades de gênero variantes.

Pode-se observar, de passagem, que, como a humanidade se aproxima da Idade de Aquário, os indivíduos vão cada vez mais mostrar uma maior gama de expressão pessoal e comportamentos tradicionalmente associados com o sexo oposto.

A “atração” entre pessoas do mesmo sexo é universal e natural, baseada nas inumeráveis características e qualidades que fazem uma pessoa atrativa, seja física, moral, intelectual ou espiritual. Se esta atração degenera para a esfera sensual e especificamente procura ou responde à gratificação do desejo despertado, então  esta atração se torna aquilo que os pais da antiga Igreja chamavam de concupiscência e que os anglo-saxões chamam claramente de luxúria.

Relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo não são de maneira nenhuma sinônimos de homossexualidade (como a palavra é normalmente interpretada) já que, na maioria das vezes, a expressão sexual não faz parte da relação. Mesmo em relações íntimas, a apreciação mútua e o compartilhamento de interesses, muito mais do que físicos , são o primeiro foco de atenção e atração.

A erosão da disciplina moral, ocasionada pela crescente secularização da sociedade e pelo enfraquecimento da autoridade religiosa tradicional, se manifesta geralmente em grande aumento da liberdade sexual e licenciosidade, incluindo a homossexualidade.

Quanto ao karma gerado pela atividade sexual sem entraves, de qualquer tipo, Max Heindel deixa claro que “cada pessoa é dona de seu próprio corpo e é responsável, ante a Lei de Conseqüência,  por qualquer mau uso resultante do abandono do corpo a outrem, por fraqueza da vontade” (Conceito Rosacruz do Cosmos – pág. 417).

Outro fator adicional sobre o relacionamento homossexual é que ele previne a função essencial e a razão para a coabitação e casamento  -  a procriação. Novamente voltando ao Conceito Rosacruz do Cosmos – pág 417, “é tanto um dever quanto um privilégio (que deve ser exercitado com gratidão pela oportunidade) das pessoas de corpo e mente saudáveis fornecerem veículos para tantos seres quantos forem possíveis, de acordo com sua saúde e com sua capacidade de cuidar das mesmas”.

Embora a adoção de uma criança por um casal homossexual (nos lugares onde isto é permitido) é louvável, se o motivo é com intenção altruísta de prover um ambiente o melhor possível para o seu desenvolvimento, tanto a criança quanto a sociedade recebem um pobre modelo a seguir porque é biologicamente estéril, oposto à perpetuação da raça humana.

Esta é uma era na qual a busca da liberdade espiritual é confundida com a liberdade de fazer aquilo de que se gosta, enquanto que, simultaneamente, procura-se a isenção da responsabilidade por nossas ações.

O que, no presente, parece ser uma onda na prevalência da atividade sexual pode ser visto como uma fase transitória num grande processo. A dissolução das estruturas e normas sociais (família) e institucionais (religião) está criando revoltas culturais que se manifestam como crises de identificação, experimentação conturbada, busca de prazer sem alegria e insegurança disfarçada de rebeldia. Estes sintomas de mudanças cultural e religiosa levarão, a seu tempo, à reforma e reformulação de estruturas relacionais mais inclusivas, fundadas em práticas mais altruístas e regenerativas.

À exceção do serviço, não há tema que Max Heindel recorra com tanta freqüência e seriedade quanto ao pré-requisito  principal para o desenvolvimento esotérico. Em “Iniciação Antiga e Moderna” (pág. 47), sua mensagem é sucinta e direta: “Pureza é a chave com a qual  ele (o aspirante) pode ter a esperança de abrir a porta para Deus”. Em “Cartas aos Estudantes” (nº 13), ele é mais abrangente, imparcial e enfático: O ponto essencial do “simbolismo da Cruz de Rosas [e] o enigma do ensinamento da Sabedoria Ocidental” são a mesma coisa  -  “Pureza geradora”. Ao “espírito ocidental é permitido testar sua força vivendo em relações conjugais e talvez em realizar uma imaculada concepção como esta simbolizada pela rosa de beleza imaculada que dispersa sua semente sem paixão e vergonha”.

Aqueles indivíduos que despertaram ao chamado do Ser sagrado, em breve encontrarão o que pode, à primeira vista, parecer uma desanimadora senão arbitrária revelação: “A ciência oculta ensina que a função sexual não deveria nunca ser usada para a gratificação dos sentidos, mas só para a propagação da espécie”. (Conceito Rosacruz do Cosmos -  pág 416 ). O uso das energias criadoras para a gratificação pessoal retarda o crescimento da alma porque estas energias não estão mais disponíveis para construir o luminoso corpo-alma.

“Como o Espírito Santo é a energia criadora na natureza, a energia sexual é seu reflexo no homem e o mau uso ou abuso deste poder deve ser expiado na eficiência debilitada dos veículos. Para nos ensinar a santidade da força criadora”. O que exatamente constitui o mau uso ou abuso da energia criadora? Outra vez, Max Heindel  não economiza suas palavras, repetindo: “A função sexual está designada somente para a perpetuação da espécie e sob nenhuma circunstância para a gratificação do desejo sensual”. (Conceito Rosacruz do Cosmos – pág. 261)

Quais são as conseqüências de ignorar este aviso? Max Heindel nos informa em Cartas aos Estudantes nº 34 : “ A condição daquele que tem a luz do conhecimento superior dado à humanidade hoje e transgride a lei pelo abuso da força criadora pode-se tornar mais séria do que a da classe de seres incorporada na forma antropóide (resultante do abuso das forças criadoras) ... No presente estágio, a força vital (excetuando a quantidade insignificante requerida para propagar a espécie) deve ser transmutada em força de alma.

À vista do que foi dito, a pergunta e a resposta consideram amplamente a energia criadora como se manifesta na sexualidade humana. Neste contexto, o termo homossexualidade é usado para designar a atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo. Fora desta atividade, ou de sua intenção, o termo estritamente não se aplica. Já que a indulgência ignorante do ato criador tem trazido enorme sofrimento humano e alienação dos mundos do espírito a ponto de necessitar o sacrifício salvador de Cristo Jesus, para que a alma da humanidade não se tornasse uma prisioneira eterna do mundo material, fica bastante claro que, qualquer expressão da sexualidade humana – seja homo, hetero, auto ou poliperversivo  -  para outros propósitos que não sejam o da procriação, é não só um “pecado contra o Espírito Santo” como “um mal espiritual [e] a maldade espiritual mais perigosa à sociedade”. (Cristianismo Rosacruz – pág. 59)

Não menos categoricamente, Max Heindel escreve que a paixão que dá origem à esta atividade  sexual é “veneno”. “Pela paixão, o espírito cristalizou-se em um corpo e só pela castidade podem os grilhões serem quebrados, pois o céu é a morada da virgem  e, só quando elevarmos o amor do sexo pelo sexo à categoria do amor da alma pela alma, poderemos desatr as algemas que nos prendem”. (Mistérios das Grandes Óperas – pág 118)

Quão importante é a vida sem paixão? Uma vez mais, podemos prestar atenção às palavras escritas por um Iniciado em “a Teia do Destino” no capítulo intitulado “Métodos Práticos para alcançar o Sucesso”: A força espiritual gerada desde a puberdade, usada para a geração, a degeneração ou para a regeneração “ofusca cada momento de nossa existência e determina nossa atitude em cada fase da vida entre nossos semelhantes”, pois é a fonte de nossa existência, o elixir da vida.

Embora, como foi dito anteriormente, Max Heindel não tenha feito uso explícito do termo “homossexualidade”, ele fez várias referências indiretas à sua prática. No artigo “Morte da Alma” em “Ensinamentos de um Iniciado”,  ele se referiu ao Espírito Santo ou Jeová, “que é o guardião da força criadora lunar”: Ele “infligiu a mais terrível punição aos  Sodomitas que cometeram sacrilégio por terem empregado mal o uso da semente [Trecho idêntico é também encontrado no capítulo 7 de “Coletâneas de um Místico” intitulado “O Pecado Imperdoável e as Almas Perdidas” onde Max  Heindel declara que Jeová, como “guardião das forças criadoras lunares... infligiu um terrível castigo aos Sodomitas que cometeram sacrilégio, empregando mal o uso da semente”] e o pecado de Onã que o usou mal é também um indicador na mesma direção ...  O abuso desta sagrada função (procriadora) para a gratificação da natureza passional, principalmente a perversão, é reconhecido pelos esoteristas como um pecado imperdoável.

Uma das primeiras referências aos anjos como “guardiões das forças propagadoras” está contida no livro “Mistérios Rosacruzes” no qual o autor menciona que os anjos que foram a Abraão para anunciar o nascimento de Isaac, posteriormente “destruíram Sodoma por causa do abuso da força criadora”. (pág 33)

Em oposição à expressão carnal das paixões está o amor de alma para alma (independente do sexo), purificado de paixão na fornalha do sofrimento que será nossa pedra preciosa mais brilhante no céu, como sua sombra está na Terra.

Concluindo, repetimos as palavras do estudo de Max Heindel sobre a Imaculada Concepção (Coletâneas de um Místico – pág 55): “Será que uma vida de absoluta pureza ainda está fora de nosso alcance?  Não nos devemos desencorajar. Roma não foi construída em um dia. Continue neste propósito, mesmo que erre muitas vezes, pois o único fracasso é deixar de lutar. Que Deus fortaleça suas aspirações para a pureza”.


 
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