CAPÍTULO VI

HEREDITARIEDADE E ENFERMIDADE

 

Lamentavelmente as pessoas atribuem suas más qualidades à hereditariedade, culpando seus pais por elas, ao passo que o mérito das boas qualidades atribuem a si mesmas. Mas o fato mesmo de diferenciarmos o que se herda do que é propriamente nosso, demonstra que existem dois aspectos da natureza humana: a forma e a vida.

Somos atraídos por certas pessoas devido à Lei de Causalidade e à Lei de Associação. A mesma lei que faz com que os músicos procurem a companhia de outros músicos e se reunam nas salas de concertos, ou que os apostadores se juntam nos hipódromos e os jogadores nas casas de jogo, ou que as pessoas estudiosas se reunam nas bibliotecas ou nos centros de cultura, também faz com que as pessoas de tendências e gostos semelhantes, nasçam na mesma família. Quando ouvimos uma pessoa dizer: "Sei que sou extravagante mas não posso evitá-lo, é característica da minha família". Isto é a expressão da Lei de Associação e, quanto mais cedo reconhecermos que devemos vencer os nossos maus hábitos e cultivar a virtude em seu lugar, em vez de atribuí-los à Lei da Hereditariedade, tanto melhor para nós.

O homem é essencialmente Espírito e vem para cá equipado com uma natureza mental e moral que é absolutamente sua, tomando dos seus pais somente os materiais necessários para formar o seu corpo físico. A hereditariedade só é verdadeira no que se refere aos aspectos materiais do corpo denso mas não relativamente às qualidades anímicas que são absolutamente individuais. O Ego que renasce faz algum trabalho em seu corpo denso, incorporando nele a quinta-essência das suas qualidades físicas passadas. Nenhum corpo é uma mistura exata das qualidades dos pais, embora o Ego se veja limitado a utilizar os materiais que pode extrair do corpo do pai e da mãe. Daí um músico encamar onde possa obter o material preciso para formar mãos ágeis e ouvidos delicados, com suas sensitivas fibras de Corti e o ajuste correto dos três canais semicirculares. A composição destes materiais está, todavia, sob o controle do Ego, até o ponto citado.

No feto, na parte inferior da garganta, bem por cima do esterno, existe uma glândula chamada Timo, que é maior durante o período da gestação e que vai se atrofiando gradualmente com o crescimento da criança e desaparece quase completamente aos quatorze anos, em geral, quando os ossos já estão devidamente formados. A ciência tem ficado muito intrigada com a utilidade dessa glândula e várias teorias foram propostas a respeito. Uma entre essas teorias sustenta que a glândula fornece o material necessário à formação dos corpúsculos vermelhos do sangue, até que os ossos estejam devidamente formados na criança, de modo que esta possa fabricar seus próprios corpúsculos. Essa teoria é correta.

Durante seus primeiros anos, o Ego que habita o corpo da criança não está na plena posse do mesmo e reconhecemos que a criança não é responsável pelos seus atos, pelo menos antes dos sete anos, e às vezes até os quatorze. Durante este período a criança não é responsável legalmente pelos seus atos, e assim deve ser porque o Ego que está no sangue, só pode agir adequadamente no sangue de sua própria criação, de modo que, no corpo infantil, no qual o sangue é fornecido pelos pais mediante a glândula Timo, a criança na realidade não é dona de si mesma.

É por esse motivo também que as crianças não falam de si como "eu", mas identificam-se com sua família. São o "filhinho da mamãe ou a filhinha do papai". As criancinhas dizem: "Maria quer isto" ou "Joãozinho quer aquilo", porém tão logo alcancem a idade da puberdade e começam a gerar seus próprios corpúsculos sangüíneos, começam a ouvir de forma positiva: "Eu farei isto", "Eu quero aquilo". Desde esse momento começam a afirmar a sua própria individualidade e a distinguir-se de sua família.

Em vista de tudo isto podemos concluir que o sangue bem como o corpo, durante os anos da infância, são herdados dos pais. Por esse motivo a tendência a certas enfermidades também vem com o sangue: não a enfermidade, mas a tendência. Depois dos quatorze anos, quando o Ego começa a gerar seus próprios corpúsculos sangüíneos dependerá muito da própria pessoa o fato de tendências se manifestarem ou não.

 

 

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Capítulo VII - Efeitos do Álcool e do Tabaco

 


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