ESPIRITUALISMO & CIÊNCIA

 

Alucinações e Espiritualidade

 

Em muitas doenças mentais, há o sintoma alucinação. As alucinações correspondem a percepções sem objeto: as pessoas veem o que não existe ante elas, ouvem o que ninguém lhes diz, sentem cheiro de coisas que não estão presentes e sentem o paladar do que não têm na boca.

Assim sendo, as alucinações podem ser: sensoriais, compreendendo as visuais, as auditivas, as táteis e as cenestésicas, que correspondem à sensibilidade visceral; motoras, compreendendo as verbais, as gráficas e as mistas.

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Percebemos, de imediato, que tal sintoma, considerado como manifestação mórbida, não passa de supersensibilidade, pondo a pessoa, espontaneamente, em contato com os mundos suprafísicos. Este fenômeno é muito frequente nas crianças, que são taxadas de imaginativas e mentirosas, quando descrevem as suas conversas com companheiros que os adultos não vêem ou se referem à presença de pessoas que os adultos também não vêem.

A criança é um ser supersensível. Só com a idade, à proporção que se vai moldando à civilização, é que vai perdendo essas qualidades psíquicas, para se adaptar ao materialismo da vida dita normal.

A criança nunca deve ser amedrontada nem ofendida. É necessário conversar com ela sempre para conhecer os seus motivos e explicá-los à luz dos conhecimentos sadios e espirituais.

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As pessoas mais predispostas às alucinações são as do tipo esquizotímico: altas, esguias, inteligentes, sensíveis, de preferência intelectuais. São tidas como sonhadoras, imaginativas, pouco comunicativas e, embora isoladas por uma aparência superficial, possuem, no entanto, vida independente.

As suas vidas estão divididas em duas partes: uma consagrada à atividade social, de aparência normal; outra, mais em harmonia com as tendências de seu eu, que se dedica a atividades especulativas, que lhes proporcionam satisfações superiores, certas curiosidades intelectuais e pesquisas de natureza mística.

Tais pessoas, seres que já viveram muitos renascimentos, têm, em si, possibilidades latentes que podem vir a se desenvolver sem que, na vida atual, estejam conscientes do grande potencial que possuem de se pôr em contato com os mundos superiores.

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Aliás, Max Heindel, no seu livro O Corpo Vital, explica a doença mental como quebra da cadeia entre o Ego e o Corpo Denso. Vemos, assim, o caráter nitidamente suprafísico da doença mental. Sabemos, por outro lado, que o ser, quando se prepara para novo renascimento, escolhe seu destino. No ardor de evoluir, opta por tarefas as quais, no momento de nascer, não se encontra com ânimo ou coragem para enfrentar. Isso implica em tentativa de retirada dos corpos  suprafísicos que, embora ainda não manifestados, já se acham estruturados para o seu desenvolvimento futuro no novo Corpo Denso. Dá-se, então, a quebra nos veículos superiores, mencionada por Max Heindel.

Tal pessoa estará, fatalmente, predisposta às alucinações, como está o pecador que, insistentemente, sente que se lhe repassam pela Mente os atos maus que praticou e imagina as consequências funestas que daí lhe poderão advir.

Um exemplo que muito bem ilustra este fato é o do alcoólatra que, pela ação do álcool, promove um deslocamento nos corpos sutis e põe-se em contato com as regiões inferiores do Mundo do Desejo, dando lugar às terríveis alucinações que fazem parte do quadro do “delirium tremens”.

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Em outra obra sua, menciona Max Heindel o fato de que aqueles que estão começando a despertar do sono do materialismo são considerados como loucos e perfeitamente em condições de serem conduzidos a um manicômio. Esta opinião vem concordar com a de um eminente psiquiatra, Viktor E. Frankl, que preconiza a incorporação do tratamento espiritual ao tratamento médico, não se detendo a psicoterapia apenas na parte psíquica. Acha ele que os tratamentos psicoterápicos, tal como vêm sendo realizados, representam um vazio no espaço científico da psicoterapia.

Vemos, assim, como se casam, mais uma vez, espiritualismo e ciência, com opinião fundamentalmente concordante de representantes desses dois ramos de atividade do pensamento. Com isso, queremos também frisar que o psiquiatra deve ser um espiritualista, a fim de que não conduza a manicômios, ou a tratamentos drásticos de doenças mentais, pessoas que apenas estão começando a despertar do sono do materialismo.
 

- Dra. Ophelia Guimarães.

Fonte: Correio Rosacruz, novembro de 1960.

 

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Edição do CORREIO ROSACRUZ divulgando um Ciclo de Conferências Públicas Rosacruzes. Na foto, palestrando, a Dra. Ophélia Guimarães, compondo a mesa com a Sra. Irene Gómez Ruggiero, ao centro, e o Sr. Roberto Ruggiero, a direita. Na coluna da equipe do Correio, a Dra. Ophélia Guimarães compõe com a Sra. Irene Gómez Rugiero, a equipe de redatores principais.

 

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Atualizado em 05 de bril de 2015

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