Resposta da Pergunta Nº 34 :

Durante o dia, o corpo vital especializa o fluido solar incolor que está à nossa volta através do órgão que chamamos baço. Esta vitalidade permeia o corpo todo e o clarividente a vê como um fluido de coloração rosa pálido, tendo sofrido uma transmutação ao entrar no corpo denso. Flui por todos os nervos e, quando é expelida pelos centros cerebrais em quantidades particularmente grandes, movimenta os músculos que os nervos comandam.

O corpo vital é formado por inumeráveis pontos que se projetam em todas as direções: para dentro, para fora, para cima e para baixo. Todos através do corpo, e cada pequeno ponto passa através do centro de um dos átomos químicos fazendo-o vibrar numa velocidade maior que a normal. Este corpo vital interpenetra o corpo denso desde o nascimento até a morte, em todas as circunstâncias, exceto quando, por exemplo, a circulação sanguínea é interrompida numa certa parte, como acontece quando descansamos a mão na beira de uma mesa e dizemos que ela "adormece". Se formos clarividentes, podemos ver a mão etérica do corpo vital pendendo sob a visível como uma luva, e os átomos químicos recaírem para uma velocidade vibratória natural e lenta. Ao dar tapas na mão para que ela "desperte", a sensação peculiar de picadas que sentimos é causada pelos pontos do corpo vital quando reentram nos átomos adormecidos da mão, reiniciando assim a vibração.

O corpo vital deixa o corpo denso de uma maneira similar quando uma pessoa está morrendo. Pessoas quase afogadas que foram ressuscitadas experimentaram uma agonia intensa pela reentrada desses pontos, causando-lhes uma sensação desagradável de formigamento.

Durante o dia, quando o fluido solar é absorvido pelo homem em grandes quantidades, esses pontos do corpo vital ficam inchados ou dilatados pelo fluido vital. Mas, com o passar das horas e à medida que as substâncias tóxicas vão obstruindo cada vez mais o corpo físico, o fluido vital flui mais lentamente. À noite, chega o momento em que os pontos no corpo vital não recebem mais um suprimento completo da energia vitalizadora, eles contraem-se e, em conseqüência, os átomos do corpo movimentam-se mais lentamente. Neste caso, o Ego sente o corpo mais pesado, entorpecido e cansado. Finalmente, chega o momento em que o corpo vital sucumbe e as vibrações dos átomos densos tornam-se tão lentas que o Ego não consegue mais movimentar o corpo. Ele é forçado a retirar-se para que o seu veículo possa recuperar-se. Dizemos, então, que o corpo adormeceu.

Porém, o sono não é um estado inativo; se o fosse, não haveria diferença entre o que sentimos pela manhã e o poder restaurador do sono. A própria palavra restauração implica atividade.

Quando um edifício decai devido à deterioração causada pelo uso constante e se torna necessário renová-lo e restaurá-lo, os inquilinos devem sair para deixar aos operários plena liberdade de ação. O Ego, por razões semelhantes, sai da sua morada à noite. Assim como os operários trabalham no edifício para colocá-lo em condições de ser reocupado, assim também o Ego deve trabalhar na sua casa para que esta possa ser novamente ocupada. Tal trabalho nós o realizamos à noite, embora não conscientes disso no estado de vigília. E esta atividade que remove os venenos do sistema e, em conseqüência, o corpo sente-se restaurado e vigoroso pela manhã, quando o Ego nele penetra no momento de despertar.


 
 
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