CARTA Nº 2

Fevereiro de 1911

CRESCIMENTO ANÍMICO ATRAVÉS DO TRABALHO

 

Espero que tenham estudado profundamente a lição de Natal e estejam familiarizados com o fenômeno do fluxo e refluxo espiritual que ocorre no Universo, de forma a estarem conscientes da razão de sua fé na "Noite de Natal". O intento da lição deste mês é transmitir um conhecimento adicional, ainda não ensinado publicamente. Há outros ensinamentos nesta pequena lição, os quais lançam uma luz mais clara sobre o mistério do nascimento imaculado, que não foram dados anteriormente, e espero que os estudem com atenção durante o próximo mês, para que possam compreender toda a transcendental beleza dos sublimes Ensinamentos Rosacruzes sobre este assunto.

Mas, ainda que tenham estudado a lição de Natal e estejam aptos para discutir sobre o fluxo e refluxo espirituais, ou se sintam preparados para expor o que sabem sobre a Imaculada Concepção, tudo isso terá uma importância secundária comparada à resposta que derem a esta pergunta: "Aproveitaram o fluxo espiritual do Natal para auxiliar alguém que estivesse sofrendo, como foi sugerido no último parágrafo daquela lição? Praticaram alguma ação altruísta no trabalho do mundo?" Espero que assim tenham feito, pois somente quando praticamos os ensinamentos no nosso círculo de influência, é que eles produzem o fruto do crescimento anímico. Podemos ler até chegar a uma indigestão mental, mas as ações falam mais alto que as palavras. Diz-se que está em má situação quem tiver somente boas intenções. Portanto, queridos amigos, permitam mostrar-lhes a necessidade de trabalhar! Trabalhar! Trabalhar!

Muitas vezes constatamos no nosso lar, no trabalho, na rua ou em reuniões, certas coisas que deveriam ser feitas. Mas a atitude do homem é a de esquivar-se. Afastase dizendo: "Por que devo ser eu a fazê-lo? Que outra pessoa cuide disso". No entanto, devíamos raciocinar de forma diferente. Não devíamos pensar o quão pouco queremos fazer. Se assim procedermos, não estamos obrando para tornar-nos Auxiliares Invisíveis. Se vemos que há um trabalho a fazer, devemos decidir "Alguém terá que fazê-lo, por que não eu?"

No próximo mês, queridos amigos, tomemos como um exercício espiritual, o seguinte lema: "Por que não eu?" Se seguirmos persistentemente esse caminho, colheremos bênçãos bem maiores do que as que já temos recebido.

Que Deus os abençoe abundantemente e os fortaleça em seus esforços.

Nos movimentos religiosos é costume dar-se o tratamento de "Irmã" e "Irmão" como reconhecimento de que todos somos filhos de Deus, que é nosso Pai comum. Não obstante, irmãos e irmãs nem sempre estão em harmonia. Algumas vezes chegam ao extremo de odiar-se, no entanto, entre amigos não deveria haver outro sentimento que não fosse o amor.

O reconhecimento deste fato foi que levou Cristo, nosso grande e glorioso Ideal, a dizer a Seus discípulos: "De agora em diante já não vos chamarei servos... mas amigos" (João 15:15). Nada melhor podemos fazer do que seguir o nosso grande Guia, tanto neste como em todos os outros acontecimentos de Sua vida. Não nos devemos contentar com simples relações fraternais, mas esforçar-nos por ser amigos no mais santo, puro e amplo sentido da palavra.

Os Irmãos Maiores, cujos belos ensinamentos nos uniram no Caminho da Realização, honram os seus discípulos do mesmo modo que Cristo honrou os Seus apóstolos chamando-os "Amigos". Se persistirmos no caminho que começamos a percorrer, algum dia nos acharemos na presença deles e ouviremos a palavra "Amigo" pronunciada em voz tão suave, carinhosa e dócil que ultrapassará qualquer descrição ou até a nossa própria imaginação. A partir desse dia, não haverá trabalho que não efetuemos para merecer tal amizade. Servi-los será o nosso único desejo, nossa única aspiração, e nenhuma distinção terrena será comparável a esta amizade.

Sobre os meus indignos ombros caiu o grande privilégio de transmitir os Ensinamentos dos Irmãos Maiores ao público em geral e, em particular, aos estudantes, probacionistas e discípulos da Fraternidade Rosacruz. Um aspirante pediu que o seu nome figurasse na minha lista de correspondentes, e eu, alegremente, estendo-lhe a minha mão direita, cumprimentando-o como amigo. Aprecio a confiança que depositou em mim, e asseguro-lhe que me esforçarei para ajudá-lo em tudo que estiver ao meu alcance e ser merecedor de sua confiança. Espero que também me auxilie no trabalho que me proponho a fazer em benefício de todos, e peço que me desculpe no caso de descobrir em mim ou em meus escritos, alguma falha. Ninguém necessita mais de orações de seus semelhantes do que aquele que tem por missão ser um guia.

Peço que se lembre de mim em suas preces e confie que o terei nas minhas.

Incluo a primeira lição com a esperança que o que foi exposto nesta carta, estabeleça e firme entre nós unia sincera amizade.

  

 

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