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PÉTALA I

AS RAÍZES

Todos temos um passado muito longínquo que se perde na noite dos tempos, mas como nada se perde ele está gravado na Memória da Natureza.

Aquele a quem iriam chamar de Paracelso tem também o seu passado, numerosos capítulos da sua vida, na qual foi criando novas pétalas, como derramando picos, em que, como todos, foi deixando sementes, algumas de joio, outras de trigo.

E tudo isso tem as suas raízes, como Chispa Divina em evolução, no Princípio, na Sempre-Essência-Existência, no Absoluto, tal e qual como cada um de nós.

Mais tarde, como Ego, já individualizado, passou por fases diversas em que precisou de progenitores, de uma mãe e de um pai, o que sucede com cada ser humano.

Nada de novo…

Cada vez que veio de novo ao mundo físico eis que terá tido a necessidade de escolher, caso pudesse, os seus progenitores.

Por isso, cada qual tem a sua genealogia, mais ou menos conhecida, mais ou menos ligada a um determinado ramo da árvore, Humanidade.

Quanto mais avançado for o Ego menos estará ligado a árvores genealógicas, terá renascido em diversos povos, em diversas áreas com as suas culturas e ambientes. Por outras palavras, terá ultrapassado o espírito da família consanguínea, como já venceu nacionalismos doentios.

Há alguns estudos sobre a genealogia de Paracelso, do lado do pai, é claro, pois este vinha de uma família mais ou menos brasonada; a mãe, essa quase pouco é focada em sua vida, esquecendo-se os biógrafos e os investigadores que a mãe é a base e o centro da família.

Nesse campo podemos ir subindo na árvore até ao começo do séc. XII.

Mais próximo surge como avô Georg Bombast von Hohenheim, que terá vivido entre 1446 e 1496, tendo sido Grão-Mestre dos Cavaleiros da Ordem de São João de Jerusalém. Da relação extraconjugal de Georg (Jorge) terá nascido um filho bastardo a quem lhe foi dado o nome de Wilhelm (Guilherme) Bombast, nascido em 1457, que viria a ser o progenitor de um menino rebelde, livre-pensador, génio revolucionário, alto iniciado rosacruz, conhecido por Paracelso.