Ciência e Religião

Elsa M. Glover, PhD.

 


 

 VI.  A constituição do corpo

 

Os cientistas materialistas observaram propriedades reguladoras e organizadoras nos corpos das criaturas vivas, conforme escreveu o botânico Edmund W. Sinnot (capítulo nº 2 do livro Creativity and Its Cultivation):

"Os seres vivos são organismos. Um organismo é, em primeiro lugar, um sistema organizado de estruturas e atividades. Não é uma massa informe cujas partes e processos são quase independentes, senão que mantém unidas essas partes sob um órgão de controle que os coordena... A comida entra nele e se constitui em parte dele... À medida que os tecidos se desgastam, a matéria deixa novamente o organismo... Entretanto, isso  não muda o sistema vivo, já que o organismo se mantém a si mesmo graças a uma série de processos reguladores..."

"Cada organismo tem... seu ciclo particular de desenvolvimento progressivo e criativo. A nota chave deste ciclo é a mudança contínua, não uma mudança cega, senão uma mudança para um fim bem definido, o indivíduo maduro e a culminação do ciclo... O curso normal do desenvolvimento na direção desse fim pode ser bloqueado e alterado de diferentes modos... (porém) o organismo mostra uma tendência persistente para a consecução desse fim, contra todo e qualquer  impedimento..."

"O brotar de uma planta cortada e posta na água ou em areia regenerará seu sistema radicular perdido. Vários órgãos animais podem ser refeitos se tiverem sido perdidos (patas de caranguejos, apêndices de larvas de anfíbios, caudas de vermes, olhos de caracóis, etc.)..."

Na mesma obra citada, no capítulo nº 3, o arquiteto Alden B. Dow enfatiza que, quanto maior a variedade de materiais disponíveis para construir algo, mais variada pode ser a  estrutura dessa construção. Chama a atenção que na natureza há grande variedade de átomos e moléculas e que, por conseguinte, existem miríades de maneiras possíveis de combiná-los. Conclui: "Por essa razão, não me surpreende  a criatividade ou a individualidade encontradas nas estruturas naturais. O que me assombra, sim, é que, com toda essa habilidade criadora, a natureza esteja desejosa de conformar-se somente com a produção de algo que reconhecemos como uma margarida comum. Se os materiais de construção são semelhantes, posso ver como resultaria um tipo comum para as formas individuais. Por exemplo, uma casa feita de ladrilhos é uma casa de ladrilhos e uma casa feita de madeira é uma casa de madeira. Isso é sem dúvida o que chamamos de genética mas não explica a semelhança de formas entre todas as margaridas."

Os cientistas materialistas estão confusos. O que dá organização ao organismo? O que dirige o desenvolvimento e a cura do organismo? O que faz com que os organismos de um determinado tipo se ajustem a um modelo reconhecível, mesmo que possam existir variações dentro de um modelo geral?  Os clarividentes podem ver as forças que conduzem e dirigem esses fenômenos e assim podem dar respostas a essas perguntas.

Os clarividentes advertem que é necessário fazer primeiro uma distinção entre corpo e espírito. O espírito é tão separado e diferente de sua forma como o carpinteiro é distinto e independente da casa que constrói para ocupá-la. É o Espírito  que modela as formas como expressão de si mesmo.

O espírito constrói corpos com sabedoria, propósito e antecipação. Concebe mentalmente as distintas funções que deseja que o corpo seja capaz de realizar e logo cria diversas estruturas no corpo que sejam capazes de levar a cabo essas funções. Assim, os corpos não são o resultado da combinação aleatória dos átomos e sim o resultado de um planejamento cuidadoso. Esta é a razão pela qual vemos organização nos organismos.

Os corpos físicos densos são capazes de crescer para assumir uma forma específica e de curar-se, se sua forma é danificada, porque o espírito criou uma matriz de campos de força etéreos (chamada de corpo vital) que dirige o posicionamento das partículas densas incorporadas ao corpo denso como alimento. Se espalharmos pó de mármore em uma mesa com buracos, o pó introduzir-se-á nesses buracos. De maneira semelhante, os átomos se posicionam nos pontos de força do corpo vital. Durante o crescimento, os pontos do corpo vital encontram-se na condição de serem preenchidos por átomos. Se um tecido se desgasta ou um órgão denso é extirpado e o corpo vital não foi atingido, o órgão crescerá de novo à medida que essa região da matriz preencha-se de átomos novamente. Assim, o corpo vital permite ao organismo desenvolver-se para uma forma predeterminada e curar-se por ele mesmo.

A razão para a semelhança entre as diferentes formas é que muitas delas podem ser criadas a partir de um único modelo mental. Uma vez que os espíritos criadores tenham criado um modelo básico de margarida, esse mesmo modelo básico é usado para a criação de todas as margaridas. O mesmo ocorreu para cada espécie de planta ou animal. Inicialmente, um modelo básico foi criado para a forma humana. Fizeram-se modificações neste modelo com o tempo, de forma que apareceram modelos básicos diferentes para cada raça ou nação. Os seres humanos alcançaram agora o estado evolutivo em que são capazes de realizar trabalho criativo individualmente. Assim, os espíritos humanos começaram a modificar individualmente as estruturas de seus corpos, de forma que cada um está se tornando claramente diferente de todos os demais.

Por todas as partes,  podemos ver na natureza, se procurarmos, evidências de sabedoria, ordem e relações entre as partes, assim como avanços em direção aos objetivos. Tennyson estava arrebatado por estas maravilhas da natureza quando escreveu:

 

Flor na parede sulcada de gretas,

Te arranco da greta,

Te sustento em minha mão, com tuas raízes.

Pequena flor, se pudesses compreender

O que tu és, inteira com tuas raízes,  o todo no todo,

Conhecerias o que Deus e o homem são.

 


REFERÊNCIA

Anderson, Harold H.  Creativity and Its Cultivation. New York: Harper, 1959.

 

Cap.VII:  Máquinas  X  Pessoas

 

CONNECTIONS : Essays and Poetry by Elsa M. Glover

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LA Creatividade por Elsa M. Glover, PhD.

Apresentação de Slides do Microsoft PowerPoint (.pps),  Produzido por Juan Marin Alcaraz

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