CAPÍTULO XXIII

CAUSAS DA MORTE DURANTE A INFÂNCIA

 

Quando um homem morre, leva consigo a mente, o corpo de desejos e o corpo vital. Este último contém os quadros de sua vida passada. Durante os três dias e meio que normalmente seguem a morte, estes quadros se gravam no corpo de desejos para constituir a base da vida purgatorial e também a do Primeiro Céu, onde se expurga o mal e se assimila o bem. A experiência da vida é esquecida, da mesma forma que esquecemos o processo de aprender a escrever embora conservemos a faculdade de fazê-lo. O mesmo ocorre com o extrato acumulado de todas as experiências, tanto das vidas terrestres anteriores como das passadas existências no Purgatório e nos vários Céus, extrato este que é conservado pelo homem, constituindo como que seu capital na próxima vida. Os sofrimentos que teve que suportar falam como a voz da consciência, e o bem que tenha feito construirá um caráter cada vez mais altruísta.

Pois bem, se os três dias e meio que seguem imediatamente à morte forem vividos em condições de paz e tranqüilidade, ele é capaz de concentrar-se muito mais na gravação da sua vida que terminou, e a impressão sobre o seu corpo de desejos será mais profunda se não for perturbado pelas lamentações histéricas de seus parentes nem por outras causas. Experimentará sensações muito mais agudas tanto do bem como do mal no Purgatório e no Primeiro Céu, e nas vidas posteriores esse sentimento lhe falará claramente, de forma inequívoca. Mas se as lamentações dos seus parentes distraem a atenção do morto ou quando este faleceu por acidente, talvez numa rua movimentada, num choque de trens, num incêndio em um teatro, ou em outras circunstâncias perturbadoras, não terá, naturalmente, oportunidade para concentrar-se e tampouco poderá fazê-lo se for morto num campo de batalha. Mas não seria justo que perdesse a experiência de sua vida devido ao fato de morrer nessas condições. Por esse motivo a Lei de Causa e Efeito provê a compensação.

Geralmente cremos que quando uma criança nasce é um fato de natureza puramente material que dispensa qualquer outro tipo de esclarecimento. Assim como durante o período da gestação o corpo denso está protegido contra os choques do mundo exterior sendo colocado dentro do útero materno, até que alcance a suficiente maturidade para suportar as condições externas, ocorre algo semelhante com o corpo vital, o de desejos e a mente que permanecem em estado de gestação e nascem em períodos posteriores pois não têm atrás de si uma evolução tão longa quanto a do corpo denso. Daí precisarem mais tempo para alcançar um grau de maturidade suficiente, para se tornarem individualizados. O corpo vital nasce aos sete anos, quando o período de crescimento excessivo assinala o seu advento. O corpo de desejos nasce ao se produzir a puberdade, cerca dos 14 anos, e a mente por volta dos 21, quando se diz que a criança tornou-se um homem ou mulher alcançando a maioridade.

Aquilo que não foi vivificado não pode morrer. Portanto, quando uma criança morre antes do nascimento do seu corpo de desejos, passa diretamente ao Primeiro Céu, no Mundo Invisível. Não pode ascender ao Segundo nem ao Terceiro Céu porque nem o corpo de desejos nem a mente nasceram e não morreram, de maneira que tem simplesmente que esperar no Primeiro Céu até que se lhe apresente nova oportunidade para renascer, usando até então os veículos da encarnação anterior. E se na vida anterior morreu nas circunstâncias já mencionadas, por acidente ou num campo de batalha, ou se seus parentes tornaram impossível que obtivesse uma impressão profunda tanto do mal como do bem praticados em sua vida como teria ocorrido se lhe permitissem morrer em paz, então é instruído quando morre como criança na próxima vida, no que respeita ao efeito das paixões e dos desejos de modo que possa aprender as lições que deveria ter aprendido na vida purgatorial, se não tivesse sido perturbado. Renasce por isso com o devido desenvolvimento de sua consciência para que possa continuar sua evolução.

Como no passado o homem foi excessivamente guerreiro, e devido à sua ignorância a respeito da conduta a seguir com os seres queridos, considerando como débeis os que morriam em seus leitos (os quais aliás foram muito poucos comparados com os que morriam no campo de batalha) deve haver necessariamente uma grande mortalidade infantil. Mas conforme a humanidade vá alcançando melhor compreensão das cousas, entendendo que ao abandonar o corpo denso é que o nosso irmão mais precisa do nosso auxilio, e que esse auxílio consiste em conservar a tranqüilidade e orar devotadamente, a mortalidade infantil irá diminuindo até cessar completamente.

 

 

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Capítulo XXIV - Cuidados com os Mortos

 

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