Primeira Parte

O HOMEM E SEUS VEÍCULOS

 

CAPÍTULO III

O CORPO DE DESEJOS E A MENTE

 

O Corpo de Desejos

Na terceira Revolução do Período Lunar, os Senhores da Individualidade irradiaram de si a substância que ajudou o homem que evoluía inconscientemente, a construir e adaptar um corpo de desejos germinal. Ajudaram-no também a incorporar este corpo de desejos germinal ao corpo vital e ao corpo denso que já possuía. Este trabalho foi se realizando durante toda a terceira e a quarta Revoluções do Período Lunar.

A antagônica "vontade inferior" ou vontade do corpo é uma das expressões da parte superior do corpo de desejos. Quando se produziu a divisão do Sol, da Lua e da Terra, na primeira parte da Época Lemúrica, a porção mais avançada da humanidade em formação experimentou uma divisão do seu corpo de desejos, em uma parte superior e outra inferior. O resto da humanidade passou por uma experiência similar na primeira parte da Época Atlante.

A parte superior do corpo de desejos converteu-se em uma espécie de alma animal que construiu o sistema nervoso cérebro-espinhal e os músculos voluntários, podendo assim controlar a parte inferior do tríplice corpo até que foi dado ao homem o elo da mente. Então a mente "ligou-se" à alma animal tornando-se co-regente do ser humano.

Durante a vida do homem, o corpo de desejos não tem a mesma forma que seus corpos vital e denso. Essa forma só é assumida depois da morte. Durante a vida tem a aparência de um ovóide luminoso que durante as horas de vigília rodeia por completo o corpo denso, como a clara envolve a gema. Estende-se de 30 a 40 centímetros além da superfície do corpo denso, nos indivíduos comuns. O corpo de desejos humano é composto de matéria do Mundo do Desejo e está em movimento constante, a inconcebível velocidade. Não há lugar fixo para nenhuma de suas partículas, como no corpo físico. A matéria que se encontra em um dado momento na cabeça, pode estar um momento depois sob os pés e novamente de volta à cabeça. Não há órgãos no corpo de desejos, como os há no corpo físico e no corpo vital. Existem centros de percepção que quando estão em atividade se parecem com vórtices permanecendo sempre na mesma posição relativa com respeito ao corpo denso. Na maioria das pessoas são apenas como redemoinhos e não têm utilidade como centros de percepção. Contudo, podem ser despertados em todos, embora os diversos métodos de despertamento produzam resultados diferentes. O corpo de desejos está radicado no fígado e nasce perto dos quatorze anos de idade.

Na clarividência involuntária, negativa, estes vórtices giram da direita para a esquerda, em sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. No corpo de desejos dos clarividentes voluntários, positivamente treinados, giram no mesmo sentido que os ponteiros do relógio, brilhando com extraordinário esplendor que sobrepassa em muito a brilhante luminosidade comum do corpo de desejos. Estes centros fornecem aos clarividentes os meios de perceber as coisas do Mundo do Desejo, podendo então ver e investigar o que quiser, enquanto que nas outras pessoas, cujos centros giram da direita para a esquerda, são como um espelho que reflete o que se passa diante dela.

Num futuro muito remoto, o corpo de desejos do homem estará tão bem organizado como estão atualmente os corpos físico e vital. Quando alcançarmos este estado, todos teremos o poder de atuar no corpo de desejos como fazemos agora no corpo denso.

A Mente

Na Época Atlante do Período Terrestre, os Senhores da Mente irradiaram de si e depositaram em nosso ser o núcleo de substância do qual atualmente estamos procurando fazer uma mente organizada. Tal núcleo foi dado ao homem a fim de dar-lhe propósito para agir, mas como o Ego era extraordinariamente débil e a natureza de desejos muito forte, a mente nascente juntou-se com o corpo de desejo, dando como resultado a Astúcia que foi causa de toda a maldade do terço médio da Época Atlante.

Sendo a mente o último dos veículos do homem a ser formado, não é ainda um corpo. É simplesmente um elo, um envoltório que o Ego usa como ponto de focalização. É o instrumento mais valioso que o Espírito possui, e é seu instrumento especial na obra da criação. Nós, como Egos, agimos diretamente na substância sutil da Região do Pensamento Abstrato que especializamos dentro da periferia da nossa aura individual. Daí contemplamos as impressões que o mundo externo faz sobre o corpo vital por intermédio dos sentidos, juntamente com os sentimentos e emoções gerados por elas no corpo de desejos e refletidos na mente.

Destas imagens mentais tiramos nossas conclusões, na substância da Região do Pensamento Abstrato, acerca dos assuntos de que tratam. Estas conclusões são as idéias. Mediante o poder da vontade, projetamos a idéia através da mente. A idéia toma forma concreta como pensamento-forma, atraindo para si substância mental da Região do Pensamento Concreto.

A imagem pode ser projetada em qualquer destas três direções:

1) Pode ser projetada sobre o corpo de desejos, num esforço para despertar nele um sentimento que o levará a uma ação imediata;

2) Quando os impactos externos não exigem da imagem mental uma ação imediata, pode ser projetada sobre o éter refletor, juntamente com os demais pensamentos ocasionados por ela, para serem utilizados no futuro;

3) Pode ser projetada sobre outra mente para agir como sugestão, para obter informações, etc.

Quando o trabalho destinado a estas formas mentais foi realizado ou quando sua energia se gastou em vãs tentativas para alcançar seu objetivo, as idéias gravitam de retomo ao seu criador, trazendo consigo a impressão indelével de sua jornada.

Em nosso estado atual de evolução, podemos dizer que a mente nasce aos vinte e um anos de idade, mas o máximo de mentalidade, sua culminância, só se alcança perto do quadragésimo nono ano.

A mente é o meio concentrador, graças ao qual as idéias concebidas pela imaginação do Espírito podem ser projetadas no universo material. A princípio não são mais do que formas mentais, mas, quando o desejo de realizar as possibilidades imaginadas põe o homem a trabalhar no Mundo Físico, tornam-se no que chamamos "realidades" concretas.

Atualmente a mente não está focalizada de forma que possa dar uma imagem clara e precisa daquilo que o Espírito imagina. Não tem um foco único e nítido, e por isso, dá imagens nebulosas. Daí a necessidade da experiência para demonstrar a impropriedade da primeira concepção e produzir novas imagens ou idéias até que a imagem produzida pelo Espírito na substância mental seja reproduzida em substância física.

No melhor dos casos podemos modelar com nossa mente as imagens que têm relação com a Forma, porque a mente humana só apareceu no Período Terrestre e está atualmente em seu estágio "mineral" de desenvolvimento. Por isso estamos reduzidos a operar com as formas, com os minerais. Podemos imaginar toda sorte de modos de trabalhar com as formas minerais dos três reinos inferiores, mas podemos fazer pouco ou nada com os corpos viventes. É verdade que podemos enxertar um ramo vivo em uma árvore viva, ou uma parte viva de um animal em outro. Mas na realidade não estamos agindo com a vida, mas somente com as formas.

Estamos criando circunstâncias ou condições novas mas a vida que já animava essa forma é a mesma que continua subsistindo. Trabalhar com a vida estará além do poder humano, até que sua mente tenha sido vivificada.

No Período de Júpiter, a mente terá sido vivificada até certo ponto e o homem poderá imaginar formas que viverão e crescerão, como as plantas.

No período de Vênus, quando sua mente tenha adquirido "Sentimento", poderá criar coisas vivas que cresçam e tenham sensações, como os animais.

E, finalmente, quando alcançar a perfeição, no final do Período de Vulcano, poderá "imaginar", trazendo à existência seres que viverão, crescerão, sentirão e pensarão como os homens.

 

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Capítulo IV - Causas Gerais da Enfermidade

 


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