XCIV

 

PÉTALA XXIII

 

O BELO

 

 

 

 

XCV

Vem de tempos imemoriais o culto pela beleza, pelo Bem, cujo gérmen terá vindo essencialmente por intermédio da mulher, em Época remota.

            Não se trata de superioridade entre sexos, pois, como se deve saber, e, em regra, alternamos os renascimentos ora num ora noutro.

            Porque somos deuses em evolução, encerramos  tríplices potencialidades divinas que se expressam em Vontade (Harmonia), Sabedoria (Melodia) e Actividade (Ritmo). Logo, sempre esteve e está latente o culto inato da Harmonia, da Beleza, expressando-as em todos os aspectos da vida; algo que nos aponta ao Eterno Belo, à Perfeição Divina.

 

 

Subamos nas asas da música e do amor.

 

            E isso inclui o ritmo. Podemos analisar o grau vibratório interno de cada pessoa por meio da forma como se movimenta, pelos seus gestos, pela dança...

            Cada um de nós possui uma nota própria musical, expressão da Palavra Criadora, emitida no momento da formação do Arquétipo para um novo tríplice corpo antes de renascermos.

            A ela se referiu F. Pessoa chamando-a de “Banda escondida”; e o místico cientista Carl Louis von Grasshoff de “Voz do Silêncio”; e outros de “Música da chama da Vida”, a qual deixa de vibrar, quando morre o corpo físico por morte natural; há uma excepção no suicida que continuará vibrando até chegar o momento em que se daria a morte real, o que produz enorme sofrimento, durante esse período.

            Também expressamos a Beleza e Harmonia por meio da fala, dos sons, dos cânticos.

 

XCVI

 

            Se andamos a lamentar a nossa vida, expressamos sons negativos; ao invés serão positivos; se censuramos ou se somos movidos por ódio, emitimos desarmonias e ritmos destruidores.

            Daqui se conclui que o provérbio:”Beleza sem virtude é rosa sem cheiro”, expressa Sabedoria profunda.

            Na realidade podemos ser uma drogaria ambulante, ou fazer plásticas e mais plásticas, se não cultivarmos as virtudes, a beleza é ilusória, efémera, como diz a sabedoria popular:”A beleza física depressa acaba”.

            Vestir bem, com bom gosto, apurado sentido estético, cores alegres, nós portugueses necessitamos de as usar, basta de cinzentos, negros ou castanhos- escuros.

            A moda tem o seu papel positivo, na medida em que ela expresse Harmonia, Beleza, permitindo melhorar o ritmo; contudo se for extravagante, se expressar vibrações negativas, é como tudo, necessitará de mudar de ritmo... Infelizmente, tem ou não existido, uma certa tendência para a uniformização globalizada da moda, da marca X à marca Z, etc.

E tal dinâmica não é profundamente negativa e nefasta?

Estamos perante uma sociedade de consumo globalizada, sem criação original, sem respeito pelas culturas de cada povo e não só.

 Ao mesmo tempo, cada vez mais existem profissionais criativos em vários países que lançam os seus produtos e estão sendo bem aceites nos consumidores.

            Por outro lado, por que não incentivar-se o uso dos vestuários tradicionais, as mantas regionais desde as do México até a Portugal, como as da Serra da Estrela a Mira de Aire.

 

Flor silvestre de cinco pétalas, foto do autor

 

XCVII

 

A simplicidade e beleza de uma flor silvestre, com cinco pétalas, o número cinco, ligado à Harmonia Perfeita, base da construção do Universo e que tem sido muito usada pelos rosacruzes em suas obras.

 

A Fachada Oeste da Catedral de Notre Dame de Paris, está construída em sintonia com as proporções áureas,

ou nela não estivessem os construtores rosacruzes, e outros.Postal, edição da casa ND, Paris, en 1920.

 

Quando em 1995 a visitámos vimos com grande alegria toda a simbologia ligada ao número 5, desde a Igreja estar assente em 5 colunas; soubemos depois que ela tinha 50 metros de altura.

 

XCVIII

 

 

            A Beleza necessita da diversidade, como na Natureza, pelo que, de novo, aprendamos com Ela, seja na moda, seja na criação de objectos úteis ou decorativos.

            Tal como acontece na mãe-natura, onde domina a simplicidade, também aqui ela deve ser a rainha....isso mesmo defendeu o grande renovador de Atenas, Péricles, que tinha como lema: “A Beleza, por meio da simplicidade.” E na realidade ele soube impulsioná-la nessa cidade onde o culto do Belo imperou na cultura grega, construindo monumentos, esculturas, etc, de acordo com a secção dourada, a proporção de 1,617.

            Nesse período os gregos viveram algo obcecados pelo culto do Belo, desde os jogos olímpicos até às artes.

            Nos nossos dias o culto pelo Belo está sendo renovado, só que, por vezes, se confunde Beleza com artifícios e com manifestações extravagantes. O caminho para a perfeição passa pelo cultivo de pensamentos puros, positivos, emoções e sentimentos elevados, actos em sintonia com as Leis Cósmicas ou Divinas.

            Senão, em vez dos perfumes e da Beleza das rosas, teremos os picos, as ilusões mundanas da fama efémera, pois, como diz a sabedoria popular: “ Beleza sem Bondade, não vale nada”.

            Na medida em que cumprirmos as Leis Divinas teremos um tríplice corpo e uma mente mais elevados, puros, belos, até que, um Dia, o nosso traje será o Dourado do Pentagrama, cuja Beleza é superior às dos lírios dos campos e de todas as flores.

 

XCIX

 

 

Também o símbolo da Fraternidade Rosacruz de Max Heindel encerra a proporção áurea, no traje nupcial, como a alusão aos 12 Signos, aos 12 Apóstolos, aos 12 Irmãos Maiores, como as 7 Rosas na cruz.

            Aspiremos a essa Beleza, embora com as nossas actuais limitações, procuremos vencê-las pelo cultivo das virtudes, simbolizadas nas 7 rosas sobre a cruz.

 

 

 

EXCERTOS DO LIVRO "A FLOR DA ESPERANÇA", DE DELMAR DOMINGOS DE CARVALHO, Edição Hugin, Lisboa

Temas Rosacruzes

Diretório do Prof. Delmar Domingos de Carvalho

A Flor da Esperança : Capa, Introdução e Pétala I

A Flor da Esperança: Pétala III

A Flor da Esperança: Pétala X

A Flor da Esperança: Pétala XII

A Flor da Esperança: Pétala XVII

A Flor da Esperança: Pétala XXIII

A Flor da Esperança: Pétala XXX

 

 

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